Localizada na vastidão da Mesorregião do Sul Amazonense, Canutama estende-se por 33.642,732 km², conforme dados do IBGE em 2022. Posicionada a 555 km de Manaus, a cidade faz fronteira com Humaitá, Lábrea, Tapauá e o estado de Rondônia, abrigando uma comunidade de 16.869 habitantes.
O início da narrativa de Canutama remonta a 1874. Quando Manoel Urbano da Encarnação, um explorador com raízes nos Mura, estabeleceu o então povoado de Nova Colônia de Bela Vista. Este passo inicial marcou o começo de uma rica história cultural e social.
Após cinco anos de fundação, o governo provincial reconheceu o povoado como freguesia de Nossa Senhora de Nazaré em 1879. Um marco importante na consolidação da comunidade e de suas práticas culturais e religiosas.
A transformação de Canutama em vila foi oficializada em 1891, através da lei estadual nº 22, desvinculando-a de Lábrea. Este ato não só alterou o status administrativo do local mas também reforçou sua identidade única dentro da região.
Ao longo dos anos, Canutama experimentou diversas mudanças administrativas, incluindo a perda e posterior retomada de sua então autonomia. Estas mudanças refletiram o dinamismo e a resiliência da comunidade local.
Inicialmente dividido em oito distritos, Canutama viu a reconfiguração de sua geografia política com o surgimento e extinção de distritos, um reflexo das constantes adaptações às necessidades e ao crescimento da população.
São João Batista, o padroeiro de Canutama, tem sua celebração com grande fervor pelos canutamenses. Essas festividades não só reforçam os laços comunitários mas também preservam a rica herança cultural do município.
O aniversário de Canutama ocorre em 10 de outubro, uma data que os residentes usam para refletir sobre a longa e rica história da então cidade desde sua fundação em 1891.
O nome “Canutama” carrega em si lendas e histórias locais, seja referindo-se ao incidente de um indígena ferido ou à antiga tribo Canut, evidenciando a profunda conexão da cidade com suas raízes indígenas e a terra.
Fonte: IDD