Blog do Durango

Ipixuna: Berço da Borracha na Amazônia

Ipixuna, um município encravado na exuberante região do Juruá na Mesorregião do Sudoeste Amazonense, estende-se por uma área de 12.109,779 km². Localizado a 1.368 km de Manaus, o município faz fronteira com Eirunepé, Guajará, o Estado do Acre, Atalaia do Norte e Benjamin Constant. Sua população, segundo o IBGE de 2022, alcança 24.311 habitantes, conhecidos como ipixunenses, que compartilham assim, uma rica história de exploração e cultura.

A história de Ipixuna está profundamente ligada às “drogas do sertão” e à extração da borracha, atividades que marcaram o início da ocupação da região. Já em 1857, João da Cunha Correia realizou expedições pelo rio, seguido por William Chandless em 1867, que documentou a coleta da borracha pelos indígenas. Estes relatos sublinham assim, a importância da região na história da exploração amazônica e na economia da borracha.

A migração nordestina para os seringais do rio Juruá, iniciada nos anos 1870, foi crucial para o então desenvolvimento da área. A fundação de Riozinho por Arthur Marques de Menezes em 1883, que mais tarde se tornaria o centro de Ipixuna, simboliza o nascimento de uma comunidade resiliente e próspera, enraizada na extração da borracha.

A emancipação de Ipixuna como município ocorreu em 1955, um movimento que reforçou então, a identidade e autonomia da região. A instalação oficial do município em 18 de fevereiro de 1956, sob a liderança de seu primeiro prefeito, Domingos Barbosa Filho, marcou o início de uma nova era para a cidade e seus habitantes.

O nome “Ipixuna”, que significa “água escura” em língua indígena. Este nome evoca a imagem de rios misteriosos e terras férteis, essenciais para a história e cultura locais.

Ipixuna representa então, um capítulo fascinante na tapeçaria da Amazônia, um lugar onde a história da exploração da borracha se entrelaça com as tradições dos povos indígenas e migrantes nordestinos. A cidade, com sua rica herança e posição estratégica no Juruá, continua a ser um símbolo da diversidade e resiliência da região amazônica.

Fonte: IDD

Sair da versão mobile