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Manacapuru a Princesinha do Solimões

A cidade de Manacapuru faz parte da Região Metropolitana de Manaus e possui 7.336,579 km2 (IBGE/2022). Localiza-se na 7ª Sub-região/Região do Rio Negro e Solimões – Mesorregião do Centro Amazonense. Distante 68 km de Manaus em linha reta, limita-se com as cidades de Iranduba, Manaquiri, Beruri, Anamã, Caapiranga e Novo Airão e sua população residente é de 101.883 manacapuruenses (IBGE/2022).

O município nasceu de uma aldeia indígena Mura estabelecida em 15 de fevereiro de 1786 no lago Manacapuru, margem esquerda do rio Solimões, sendo por isso chamada carinhosamente de “Princesinha do Solimões”.

Inicialmente, o então local era um feitoria de pesca denominada Caldeirão. Onde se produzia peixe seco, manteiga de tartaruga e conserva de peixe-boi. Além do cultivo do cacau, da salsaparrilha, da baunilha, do breu, da jutaicica, do cumaru, entre outras drogas do sertão.

A feitoria produzia para abastecer a guarnição militar de Barcelos, então sede da capitania. Com o crescimento do povoado, logo veio a se tornar ponto de parada de sertanistas e viajantes que passavam pela então região em busca de macaxeira, cará, frutas, peixe salgado e tartarugas.

Em meados do século XIX, houve então a tentativa de tornar o lugar em uma freguesia, que se chamaria São Nicolau de Manacapuru. Não chegando a acontecer. Em 1865, a lei nº 83 de 12 de agosto criou a freguesia de Nossa Senhora de Nazaré de Manacapuru.

A elevação à categoria de vila, e a consequente criação do município, ocorreu graças à lei nº 83, de 27 de setembro de 1894, desmembrado de Manaus. Sua instalação foi realizada em 16 de junho de 1895. Seis anos mais tarde, a lei nº 354, de 10 de setembro de 1901, criou a comarca de Manacapuru.

Na divisão administrativa de 1911, o município era composto de 13 distritos: Aiapuá, Ajaratuba, Araras, Beruri, Caapiranga, Campinas, Conceição de Manacapuru, Jaiteuá, Manacapuru (sede), Manaquiri, Mundurucus, Paratari e Tamanduá.

Duas décadas depois, Manacapuru ganhou foros de cidade por meio do ato estadual nº 1.639, de 16 de julho de 1932. Utiliza-se esta data como marco comemorativo do aniversário do município. O nome “Manacapuru” deriva do dialeto mura, no qual “Mana” significa “Flor”, enquanto “Capuru” quer dizer “enfeitado ou matizado”, ou seja, “Flor matizada”.

A padroeira da “Princesinha do Solimões” é Nossa Senhora de Nazaré. A cidade celebra assim seus festejos em outubro, culminando com a procissão em homenagem à “Santa Peregrina” no último domingo do mês.

Manacapuru também é conhecida no então cenário cultural por causa do seu Festival de Cirandas. Evento competitivo de danças folclóricas promovido pelas cirandas Flor Matizada, Guerreiros Mura e Tradicional.

Considerado o segundo maior festival folclórico do Amazonas, atrás apenas do Festival de Parintins, o evento ocorre no último fim de semana de agosto no Parque do Ingá, popularmente chamado de “Cirandódromo”, que tem capacidade para aproximadamente 25 mil pessoas.

Fonte: IDD

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