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10 de abril de 2024 às 16:30.

Município de Maraã a Princesinha do Japurá

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A cidade de Maraã possui 16.830,827 km2 (IBGE/2022) e está localizada na 2ª Sub-região/Região do Triângulo Jutaí, Solimões e Juruá – Mesorregião do Norte Amazonense. Distante 635 km de Manaus em linha reta, limita-se com as cidades de Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, Coari, Tefé, Alvarães, Uarini, Fonte Boa e Japurá. Sua população residente é de 15.529 maraãenses (IBGE/2022).
A lei nº 96, de 19 de dezembro de 1955, desmembrou o território onde nasceu Maraã da cidade de Tefé. No entanto, essa propriedade era particular e pertencia à família do senhor Matheus Solart. De acordo com o Jornal do Comércio (1925), Solart comprou o lote de terra trinta anos antes, que era denominado Maraau.

Àquela época, o governo do estado não possuía recursos financeiros para desapropriar o imóvel. Por isso, em 7 de maio de 1956, o governador Plínio Coelho instalou a sede de Maraã em outro lugar – a localidade de Jacitara –, sendo que o primeiro prefeito nomeado foi o senhor Atlântico Alves da Mota.

Tal situação se manteve até o fim dos anos 1960, quando, finalmente, o terreno da família Solart pôde ser desapropriado, e a sede transferida para o local situado às margens do lago de Maraã, na administração do prefeito Benedito Gonçalves Ramos. A instalação em definitivo da sede ocorreu a 25 de março de 1969, data utilizada como marco comemorativo do aniversário da cidade.

Maraã recebe carinhosamente o apelido de “Princesinha do Japurá” devido à sua localização na margem esquerda do rio. Nossa Senhora da Conceição, é a santa padroeira, e tem sua celebração em 8 de dezembro.

Outro evento especial importante é o Festival dos Botos, disputa folclórica que ocorre desde 2006 entre as agremiações Boto Tucuxi e Boto Vermelho. Inicialmente, programou-se o festival para sempre ocorrer no fim de julho. No entanto, por motivos vários, a festa já aconteceu em meses diferentes, ao longo dos anos. O local das apresentações é o Ginásio Arlindo Pereira da Silva, popularmente chamado de “Remanso dos Botos”, com capacidade para, aproximadamente, três mil pessoas.

A cidade recebeu o nome de Maraã por estar situada próxima ao lago de Maraã. O poeta maraãense Osório Silva Barbosa Sobrinho apresenta em sua página na internet uma versão curiosa sobre o então significado de uma palavra de origem indígena. Tal versão foi contada por seu pai, Juarez Barbosa de Lima, antigo morador da cidade.
Segundo o relato, algum animal não identificado mordeu o filho do cacique durante a viagem a pé de uma tribo de indígenas que vinha do rio Negro para o rio Japurá. Contudo, a marca deixada era semelhante à mordida de uma rã.

Quando chegaram ao seu destino – a bela ponta de terra entre o lago de Maraã e o rio Japurá –, pararam para descansar e alimentar-se. Gostaram tanto do local que resolveram batizá-lo.

Foi então que um deles – após pensar na rã que mordera o companheiro de viagem e vendo a imensidão de água nos arredores – teve a ideia de chamar o local de “Mar a Rã”, ou “Mar da Rã”. Daí para o atual Maraã foi um passo insignificante.

Fonte: IBGE

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