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Alguém acredita na honestidade e seriedade dos nossos três senadores, dos oitos deputados federais, dos vinte e quatro deputados estaduais e dos mais de setecentos vereadores das sessenta e duas cidades do Amazonas?
Claro que sim! Afinal, eles foram eleitos por você.
A imensa maioria do eleitorado ainda não vota pelas qualidades éticas dos candidatos, talvez, por não terem opções ou, quem sabe, pelos benefícios imediatos que podem obter.
E o governador e os prefeitos, com seus mais de mil assessores de primeiro escalão? Eles são competentes? São bons gestores?
Com certeza, uma pequena parte poderia entrar na sala dos aprovados pelos critérios técnicos. Porém, o restante ficaria reprovado.
E os nossos tribunais locais, o Ministério Público Estadual, os sindicatos, as associações? Quiçá, melhores, mas, não livres das frutas podres. São setores que representam um conjunto da mais perversa prática aristocrática.
Quem, em sã consciência, já perdoou os amazonenses envolvidos nas operações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, apenas por acreditar nas suas versões?
A sociedade é tão multifacetada e dependente dos recursos públicos no Amazonas, que se torna complacente e parceira das boas e, principalmente, das péssimas práticas exercidas pelas autoridades. Todos parecem ter seus “bandidos” de estimação. Ou não?
E nítido que o eleitorado não fará mudanças significativas no Amazonas na próxima década, muito menos agora. Seja pelo voto – com a total ausência de nomes fora do establishment – ou pela falta de mobilização para reivindicar mudanças nas múltiplas práticas corrosivas exercidas em todos os setores.
Estamos a passos largos rumo a uma tragédia econômica e social.
Em toda história recente do estado, é a primeira vez em que o interior convive com elevadíssimos indicadores de miséria e fome. O narcotráfico, uma peste que domina e mata nas periferias de Manaus, agora também controla a maioria das cidades do Amazonas.
A desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres aumentou exponencialmente nas últimas quatro décadas. Manaus quebrou, faliu, e ninguém tem coragem de dizer a verdade, de revelar os fatos. Nós estamos literalmente no buraco.
E o pior: não temos massa crítica para propor caminhos e alternativas. O que existe são discursos pobres e velhos, travestidos com a áurea falsa de novidade.
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