De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil possui 156.454.011 eleitores aptos a votarem no próximo dia 4 de outubro. Desse total, o Amazonas representa 1,69%. Estamos à frente do Piauí, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima. Ou seja, somos o décimo quinto estado, em número de eleitores.
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro somam 63.785.959 eleitores, o que corresponde a 40,77% do universo total. Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná equivalem a 18,13%. Juntos, esses seis estados detêm 58,9% do eleitorado. Provavelmente, a decisão da eleição presidencial ocorra nesses grandes colégios.
Quando descontados os votos nulos e brancos e as abstenções, que, historicamente, são em torno de 30%, o pleito de 2022 deverá ter algo em torno de 109,5 milhões de votos válidos.
Por isso, quando você ouvir ou ler sobre as vantagens percentuais de um presidenciável sobre o outro nas pesquisas, saiba que 1% representa, aproximadamente, 1.095.000 eleitores. Ou seja, 10 pontos de vantagem equivalem a 10.951.000 eleitores, enquanto 5% resultam em cerca de 5.475.500.
Se os dois principais nomes empatarem em todos os estados e se um deles ganhar nos três principais colégios por 12,26%, dará, aproximadamente, os 5% do exemplo que citei antes.
As diferenças superiores a 15% que estão sendo apresentadas pelos principais institutos nacionais de pesquisa parecem ser irreais.
Em 2018, Bolsonaro ganhou no segundo turno por uma diferença de 10 pontos percentuais.