Uma característica da eleição que se avizinha é o recorde de candidatos a vereador, a extrapolar a média histórica das eleições. São mais de 1.300 candidatos para apenas 41 vagas.
O que motivaria essa superpopulação de pretensos futuros legisladores municipais? Uma parcela se candidata pelas chamadas cotas, particularmente as mulheres – 30% das vagas são destinadas às mulheres. Muitas dessas candidatas põem seus nomes à disposição de agremiações partidárias, mas sem qualquer chance de sucesso.
Há os velhos e conhecidos servidores públicos sem qualquer perspectiva de sucesso, contudo se aproveitam da oportunidade e, sob o pretexto da candidatura, tiram noventa dias de “férias” remuneradas, pagas por nós, cidadãos contribuintes.
Há um outro contingente de oportunistas que entra com a esperança de “beliscar” algum dinheiro ou cota de combustível aqui e acolá, candidatam-se apenas para auferir vantagens pecuniárias.
Finalmente há a turma mais profissional, em torno de uma centena de nomes, são aqueles que realmente disputarão a eleição. Mas por que esses “profissionais” tanto querem ocupar um assento na Câmara de vereadores? Ora, entre salário, verba destinada a cada gabinete, cota de exercício de atividade parlamentar e outras vantagens, ultrapassa R$ 90.000,00 (noventa mil reais).
Quando eleitos, boa parte dos vereadores contrários ao prefeito preferem se aliançar. Assim, garantem com o seu silêncio ou concordância, por quatro anos, empregos, afagos, promessas…
Você pode mudar isso, eleitor, é você quem elege esses candidatos desqualificados, despreparados, descompromissados com a comunidade e a cidade. A atual Câmara Municipal de Manaus, infelizmente, é composta por uma maioria de vereadores cujo adjetivo qualificativo prefiro não externar.