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16 de dezembro de 2016 às 08:00.

O passo a passo em defesa a meia passagem

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Em dezembro de 1978, após quatorze anos de regime militar – período marcado predominantemente pela supressão de direitos individuais e por uma repressão violenta aos insatisfeitos com a ditadura vigente –, o Congresso Nacional elege o general João Baptista Figueiredo presidente da República. Ao assumir a presidência no ano seguinte, o general Figueiredo dá início, de fato, ao processo de abertura política que havia sido anunciado por seu antecessor, general Ernesto Geisel, mas que na prática pouco avançara.

Figueiredo concedeu anistia ampla, geral e irrestrita aos políticos cassados pelos atos institucionais, o que permitiu o retorno ao Brasil dos exilados pelo regime militar. A reforma política foi aprovada, contendo a abolição do bipartidarismo, a extinção dos partidos então existentes, MBD e ARENA, e a eleição direta para governadores de Estado – mantendo-se, no entanto, a nomeação dos prefeitos de capitais pelo governador. Novos partidos foram criados, como o PMDB (sucessor do MBD), o PDS (sucessor da ARENA), o PDT, o PTB e o PP.

O chamado “milagre brasileiro” – período caracterizado por um intenso crescimento econômico, decorrente em grande parte de pesados investimentos estatais em infraestrutura e indústria de base – havia se esgotado. O mundo vivia os efeitos da crise do petróleo, e a economia brasileira, castigada por uma inflação fora de controle, passava por recessão, com a população enfrentando o desemprego e a escassez de renda.

Foi nesse contexto que foi eleita a primeira leva de governadores de Estado, em 1982, após vinte anos (a eleição anterior havia sido em 07 de outubro de 1962, saindo vitorioso Plinio Ramos Coelho). Embora o PDS, partido sucessor da ARENA, saísse vencedor no maior número de unidades da Federação, os partidos de oposição ao governo conquistaram os Estados economicamente mais importantes.  No Amazonas, foi eleito Gilberto Mestrinho, do PMDB, tendo como vice Manoel Ribeiro. O “Boto-Tucuxi” recebeu 201.182 votos (53,66%), contra 164.190 (43,79%) do candidato situacionista, Josué Filho (PDS).

Após eleito, Gilberto Mestrinho nomeou Amazonino Mendes para a Prefeitura Municipal de Manaus, que tomou posse em substituição a João de Mendonça Furtado.

O regime militar estava em seus estertores, mas a tensão ainda se fazia presente nas ruas. Dada a abertura política, os movimentos da sociedade civil organizada foram se reestruturando e mostrando a sua cara. Porém, o Brasil ainda não vivia uma democracia plena.

No Amazonas, os estudantes constituíram o movimento social mais aguerrido, lutando principalmente em favor de tarifas de ônibus mais justas. O ápice desse movimento aconteceu em setembro de 1983, quando milhares de jovens foram às ruas protestar contra mais um aumento tarifário e acabaram espancados por uma polícia violenta, que agiu como nos anos mais duros da repressão.

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