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3 de março de 2017 às 08:00.

Roberto Carlos em Manaus

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A Bossa Nova era a maior sensação norte-americana no começo dos anos 60, sendo suplantada apenas pelo surgimento dos Beatles. O sucesso do disco ‘Jazz Samba’, do guitarrista Charlie Byrd e do saxofonista Stan Getz, populariza o gênero no país e credencia os americanos a adotarem o estilo vindo do Hemisfério Sul.

O movimento Jovem Guarda, também conhecido como iê-iê-iê, surge em 1963, era a versão brasileira do rock mundial, responsável pela introdução da guitarra elétrica e instrumentos eletrônicos.

Em 1964 ocorre um marco na história da MPB, no Rio de Janeiro, o Show Opinião. Lá o maranhense João do Vale (1934-1996) se destaca com a música “Carcará”, composição dele em parceria com José Cândido.

Liderado por Roberto Carlos, em 1965, surge o programa de televisão semanal com o mesmo nome – Jovem Guarda – na TV Record, na capital de São Paulo. Roberto o apresentava ao lado de Erasmo Carlos, Wanderléa e inúmeros convidados, como Martinha, Rosemary, Antônio Marcos, Eduardo Araújo, Ronnie Von, Paulo Sérgio, Prini Lorez, Sylvinha Araújo, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Vanusa, Evinha, Deny e Dino, Leno e Lilian, The Jordans, The Jet Blacks, Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys, Lafayette e seu Conjunto, Os Vips, Os Jovens, The Pops, The Fevers, Os Incríveis, Trio Esperança e outros mais.

O sucesso de Roberto Carlos era inconteste, seus shows arrastavam multidões e os jovens daqui ansiavam por vê-lo. Ele veio duas vezes, em 1965 e 1966.

Em sua segunda vinda o aeroporto de Ponta Pelada lotou, foi dureza para a segurança conter a excitação da turba, tinha desde crianças a idosos, autoridades, senhoras, senhores e jovens. Era o dia 1º de setembro de 1966.

Seriam duas apresentações, a primeira no Circo Americano, montado na Praça 14, bem em frente à igreja de Nossa Senhora de Fátima, muito antes das lanchonetes e da construção da Escola de Samba Vitória Régia.

Num tempo em que não existia ponte de embarque, os passageiros desciam pela escada do avião e caminhavam até a sala de desembarque. Os passageiros foram surgindo um a um, o Rei do iê-iê-iê foi o último. Enquanto caminhava o povo gritava em delírio.

Houve certa apreensão quanto a sua segurança, tamanha era a histeria, mas tudo correu bem. Exceto para alguns mais exaltados, que receberam, dos desastrados PMs destacados para a missão, “ carinhosos” golpes de cassetetes em partes não selecionadas dos seus corpos.

A apresentação foi apoteótica, RC agora muito mais popular que dá primeira vinda, recebeu um cache espetacular, muitas vezes superior ao da sua primeira vinda.

Vigiado em todos os seus passos – reza a lenda urbana -, foi flagrado contando as notas dos pacotes de dinheiro que continham os doze milhões de cruzeiros que recebera de cache. Eram tantas as notas, todas amarradas em ligas de borracha, que a medida que iniciava uma nova contagem, retirava as ligas e as colocava em seu braço esquerdo. No dia seguinte a novidade se espalhou pela taba, por meses não haveria um jovem manauara que não fosse encontrado com o braço esquerdo cheio de ligas de borracha. Definitivamente os ídolos ditam moda.

Se perguntado a qualquer um fã, o que do Roberto Carlos ele pensava, a resposta seria sempre a mesma: “Bicho, o Roberto é uma brasa, mora!

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