A eleição do ex-comediante de TV, Jimmy Morales, como presidente da Guatemala, derrotando a ex-primeira-dama Sandra Torres, é a sinalização de uma América Latina esgotada das organizações político-partidárias eivadas pela corrupção.
A maioria do eleitorado daquele país buscou o contraponto, mesmo que isso não tenha representado nenhuma segurança efetiva de mudança: a campanha de Morales se baseou em uma simples carta de intenções, sem nenhuma objetividade sobre o que ele realmente poderá fazer pelos guatemaltecos.
Já os argentinos, pela primeira vez, vão eleger seu presidente em 2º turno, marcado para ocorrer em 22 de novembro. Os estudos mais recentes indicam a vitória do candidato da oposição, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, que tem um discurso consistente, baseado no rompimento com o populismo peronista.
O candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner, o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, deverá sofrer um revés eleitoral em razão da sequência de escândalos do governo, que envolve assassinato, perseguição à imprensa e a destruição da economia argentina.
No Brasil, em uma futura eleição presidencial, poderemos ter também a busca pelo novo, como já aconteceu em 1989 com a eleição de Fernando Collor de Melo. Cansado das opções tradicionais, o brasileiro poderá optar por uma solução ufanista ou ilusória.
