A reportagem narrou o surgimento do Clube da Madrugada, em Manaus, durante a década de 1950. Esse movimento literário e cultural nasceu da necessidade de renovação artística na região, combatendo o conservadorismo predominante. Os membros iniciais, incluindo Anísio Mello, Luiz Bacellar e outros nomes de destaque, transformaram a Praça da Polícia em um espaço de encontro e debate. Inspirados pela Semana de Arte Moderna de 1922, os integrantes buscavam aproximar a arte moderna das tradições culturais amazônicas.
O Clube da Madrugada integrou literatura, pintura, música e outras expressões artísticas. A reportagem destacou o papel central da escrita na divulgação das ideias do grupo, enfatizando a publicação de obras regionais. Além disso, mencionou os desafios enfrentados pelos membros para conquistar espaço em um cenário cultural dominado por valores tradicionais.
O texto também citou o impacto do Clube na formação de uma identidade artística regional e sua contribuição ao reconhecimento da Amazônia no panorama cultural brasileiro. A partir das reuniões semanais, o grupo propôs um diálogo entre o novo e o antigo, destacando-se como marco de transformação na história cultural do Amazonas.
Fonte: Jornal do Commercio de 14 de maio de 1967.