Para a criação de uma infraestrutura que atendesse o aumento da demanda de transportes, foram feitos investimentos em embarcações, na construção dos portos de Belém (pela Port of Pará) e Manaus (Manaus Harbour Co. Ltd.). Além da trapiches e barracões nos portos menores e nos portos de lenha, onde os navios pudessem atracar para carga, descarga e abastecimento do combustível.
Além desses dois portos, acrescente-se a construção de estradas de ferro, dentre elas a Madeira-Mamoré, o maior investimento do governo federal na Amazônia. A estrada de ferro do Madeira-Mamoré seria construída às margens dos rios Mamoré e Madeira e, quando finalizada, teria 364 quilômetros de extensão. A ideia de construí-la surgiu na Bolívia, em 1846, pois aquele país não tinha como escoar a produção de borracha por seu território, assim, a única forma seria usar o Oceano Atlântico. Para isso era preciso subir os rios Mamoré, em solo boliviano, e Madeira, no Brasil. O percurso fluvial tinha, porém, 20 cachoeiras que impediam sua navegação. Pensou-se então na construção de uma estrada de ferro que cobrisse por terra o trecho problemático. O Brasil tinha interesse no projeto porque também poderia aproveitar a ferrovia para transportar sua produção de látex.
A primeira frente de trabalho da estrada de ferro Madeira-Mamoré teve início em 1872, tendo sofrido uma longa interrupção em fevereiro de 1878. A estrada fazia chegar a Santo Antônio, no Território de Guaporé – hoje Rondônia, àquela altura pertencente ao Amazonas -, seus primeiros trabalhadores para a preparação de acomodação para o pessoal da obra. Em março chegaram, trazidos por T. Collins da construtora P & T. Collins, da Filadélfia, enorme quantidade de material e o restante do pessoal necessário para a empreitada, entretanto os trabalhos sofreram nova paralização.
Fonte: IDD