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Madeira-Mamoré a ferrovia da morte – Texto LXXXIV

Madeira-Mamoré a ferrovia da morte. Os obstáculos que se opunham à construção da estrada eram, sobretudo, as condições climáticas e a natureza do terreno.

Organizaram a então Companhia concessionária na Europa. Dizia-se que concluir a estrada era inexequível devido ao terreno pantanoso e alagadiço, inundado à grande profundidade durante a cheia do rio. Além disso, as matas virgens quase impenetráveis, índios ferozes e clima desfavorável também dificultavam a construção. Os trabalhadores que vieram da América tinham contratos por prazo determinado e ao término deveriam retornar aos Estados Unidos. A empresa concessionária além de não honrar o pagamento dos seus salários, não mantinha a regularidade de fornecimento de viveres,
causando descontentamento nos trabalhadores, que, por sua vez, procuravam meios para deixar o
serviço e sair de Santo Antônio.

A firma ficou reduzida a um pequeno número de trabalhadores americanos, apenas suficientes para
cuidar da conservação do trabalho já executados e do material existente naquele sítio. Alguns acionistas da Companhia concessionária não queriam aplicar qualquer recurso na construção da estrada. O capital destinado a esse fim permaneceu depositado em Londres.

Durante 40 anos, iniciaram e interromperam as obras três vezes. Trabalhadores de 40 nacionalidades participaram da sua construção: brasileiros, americanos, ingleses, franceses, italianos, russos, alemães, portugueses, dinamarqueses, cubanos, panamenhos, caribenhos, bolivianos, colombianos, venezuelanos e peruanos.

Inauguraram a ferrovia em 1º de agosto de 1912, e oficialmente 1.552 homens morreram nos últimos 5 anos de construção. Mas existem indicações de que este número bata a marca dos 6 mil trabalhadores. Isso rendeu à estrada o título de Ferrovia da Morte.

Fonte: IDD

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