A exposição do Exmo. Sr. Dr. Romualdo de Souza Paes d’Andrade, 1º vice-presidente da Província do Amazonas, entregue a administração do Exmo. Sr. Tenente – Coronel José Clarindo de Queiroz, em 15 de novembro de 1879, assim pontua: “Na colônia dita e na de Santa Izabel muitos dos colonos perderam inteiramente as suas plantações, outros tem plantações mas delas ainda não tiram a sua subsistência. E outros nem plantaram … hoje pela suspensão das diárias mal podem subsistir. Muitos têm sido as petições trazidas a então presidência pedindo socorros, que a presidência lhes não pode dar. Alguns querem repatriar-se ou seguir para o Pará, ou para o interior da província. Tenho-lhes mandado dar passagens e acho conveniente a continuação desse expediente…”. Durante o ano de 1879, em Maracajú, só continuariam a receber diárias aqueles que estivessem estabelecidos há menos de um ano.
Os retirantes cearenses manifestaram descontentamentos e reivindicações. Isso fez com que a expectativa positiva inicial em representá-los se transformasse. Em vez disso, começou a predominar o discurso do pavor quanto às suas ações de transgressão e ameaças aos poderes público e privado. Os dirigentes amazonenses percebiam então a necessidade de se afastar as aglomerações da capital. Mas como ou para onde, já que não havia recursos suficientes para pagar passagens de retorno para todos e o Amazonas estava nos limites da fronteira do Império?.
“Ao tratar do comércio provincial, o presidente da Província do Amazonas inicia o relatório de 1880 afirmando que o comércio do Amazonas consiste quase que exclusivamente na troca de produtos naturais por mercadorias estrangeiras e acresce que essas permutas são realizadas diretamente da província do Amazonas, ou através da praça do Pará. Isso significa que exportavam a produção do Amazonas diretamente ou a transportavam até o porto de Belém para exportação. Muitas vezes, a produção do interior do Amazonas seguia diretamente para a então província vizinha, sem pagar impostos no estado de origem. Tal prática foi, em determinado momento, estimulada pelo governo paraense, com incentivos fiscais que produziram polêmica entre as duas províncias.
Fonte: IDD