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21 de fevereiro de 2015 às 16:00.

“O Jogo da Imitação” traz um importante discurso progressista e Benedict Cumberbatch em grande forma

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Fonte: Site do brainstorm9. Publicado em 06 de fev de 2015.

“O Jogo da Imitação” é uma narrativa convencional sobre a trajetória de uma figura singular que, movida por genialidade e obsessão, foi capaz de alterar os rumos de um evento muito maior do que sua própria existência.

Dirigido por Morten Tyldun, autor do curioso “Hodejegerne” (ou “Headhunters”) e estreante em língua inglesa, o filme se estabelece no início dos anos 1950, quando o matemático Alan Turing (Benedict Cumberbatch) é levado a depor sob alegação de obscenidade ao ser visto com outro homem – a homossexualidade só seria descriminalizada no Reino Unido no fim da década seguinte. O depoimento feito a um policial conduz o espectador, por meio de um voice over não muito constante, a duas outras linhas do tempo: a Segunda Guerra Mundial e a infância do protagonista.

Distribuído em três tempos diferentes, o filme oferece uma série de elementos para que se trace um perfil bem composto do homem responsável por quebrar os antes considerados indecifráveis códigos da Enigma, máquina utilizada pelos alemães para comunicação em segredo durante o conflito. Contratado pelo estado britânico durante a guerra por sua habilidade em decifrar códigos, Turing desempenhou um papel fundamental para a vitória dos Aliados, sacramentada em 1945 – legado esse reafirmado várias vezes no decorrer da ação.

Ao se dedicar primordialmente a tratar do processo que levou à quebra das mensagens do Eixo, “O Jogo da Imitação” oferece uma ideia interessante de uma corrida contra o tempo que durou alguns anos. É essa união estranha de urgência e demora que dita o ritmo do filme e permite que Cumberbatch produza, com bastante elegância e traços de enorme maturidade, um amplo estudo de personagem.

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