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13 de junho de 2024 às 10:28.

Livros sobre os casos ‘Delmo’ e ‘Osterne’ estão entre os premiados pelo TJAM

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CRIMES PASSIONAIS

As obras são de autoria do publicitário Durango Duarte e tratam sobre dois crimes que ocuparam o noticiário de Manaus na década de 1950.

12 de junho de 2024

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Os livros Caso Delmo e Osterne, de autoria de Durango Duarte

Os livros “O Caso Delmo: O crime Mais famoso de Manaus” e  “José Osterne de Figueiredo – Um grande… azarado ou um assassino em série?”, do publicitário Durango Duarte, estão entre as publicações contempladas com o Prêmio Memória TJAM, edição 2023.

A historiadora Marlucia Bentes da Costa foi contemplada pela assistência de pesquisa dos dois livros, que trata de dois crimes que ocuparam o noticiário de Manaus na década de 1950.

Outras 15 publicações também receberão o prêmio no próximo 25 de julho (em local ainda a ser definido). Entre os autores estão a jornalista Sandra Bezerra, acadêmicos e desembargadores.

Uma tese de doutorado e dois artigos receberão o Prêmio “Eduardo Ribeiro”.

As premiações foram instituídas em dezembro de 2021 e estimulam o fomento e reconhecem a utilização e divulgação de trabalhos acadêmicos, científicos e culturais realizados a partir dos acervos arquivístico, bibliográfico, museológico e da História e Memória do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (Tjam).

O resultado foi publicado no Diário da Justiça desta terça-feira (11/06) pela desembargadora Nélia Caminha Jorge, presidente do Tjam e pela desembargadora Carla Maria Santos do Reis, presidente da Comissão de Gestão da Memória do tribunal.

Sobre o livro o “José Osterne de Figueiredo – Um grande… azarado ou um assassino em série?”

Nas décadas de 1950 e 1960, a cidade de Manaus foi aterrorizada por uma série de assassinatos que tinham sempre como denominador comum a presença de um personagem: o comerciante cearense José Osterne de Figueiredo.

A narrativa permite ainda ao leitor acompanhar como a imprensa amazonense abordou os crimes, muitas vezes prejulgando e condenando antes mesmo da própria Justiça, e como as autoridades policiais, na ânsia de agradar a opinião pública, acabaram por prejudicar as próprias investigações.

Segundo Durango Duarte, a produção do livropublicado em 2017só foi possível graças à sensibilidade e compreensão do presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), à época, desembargador Flávio Pascarelli, que abraçou a ideia e autorizou que ele pudesse ter acesso aos processos dos crimes.

Na fase de “caça ao tesouro”, também foi fundamental a participação dos funcionários do TJ-AM, Renan Dantas de Oliveira, Arenilson das Chagas Silva e Juarez Silva Júnior, “que vasculharam, incansavelmente, cada canto do acervo em busca dos arquivos”, além da contribuição das historiadoras Viviane Tavares e Marlucia Bentes, fundamentais na tarefa de pesquisar, catalogar e sistematizar tudo o que foi publicado na imprensa escrita do Amazonas a respeito do personagem José Figueiredo, faz questão de ressaltar, Durango.

Sobre o livro “Caso Delmo, o crime mais famoso de Manaus

Fragmentos da história. Assim se pode definir toda e qualquer lembrança ou flash de memória quando o assunto é o trucidamento de Delmo Campelo Pereira, ocorrido no dia 5 de fevereiro de 1952. O “Caso Delmo”, como ficou conhecido, teve enorme repercussão, sendo matéria nas rádios e jornais locais e ganhando destaque na principal revista brasileira daquela época, O Cruzeiro.

Segundo Durango, o o interesse em enveredar por esta história aconteceu a partir de um convite do médio Alfredo Loureiro para ir até a casa dele ver o precioso acervo de livros e fotografias da cidade, a partir da leitura que ele fizera do livro “Manaus, entre o passado e presente”, também de autoria de Durango.

No prefácio do “Caso Delmo”, Durango diz que nos últimos instantes que precedera a finalização do livro, publicado em 2011, o sentimento que o arrebatou foi o de imaginar “como seria fascinante se profissionais do campo jurídico, historiadores, memorialistas, escritores ou aficionados pela história do Amazonas”, como ele, pudessem produzir uma série literária que abordasse os principais crimes ocorridos no Amazonas, “ao final, é a memória de Manaus quem sai ganhando, resgatada e preservada”, destaca.

Ele agradece ao ex-secretário de Cultura do Amazonas, advogado e pesquisador, Robério Braga, pelo auxílio fundamental à finalização do livro, e ao escritor Simão Pessoa, considerado uma das mentes mais brilhantes do Estado, e que há algum tempo vinha pesquisando sobre o “Caso Delmo”.

Os dois livros podem ser lidos e “baixados” gratuitamente em PDF no site do Instituto Durango Duarte (IDD), neste link.

Confira os contemplados com Prêmio “Eduardo Ribeiro 2023:

Caio Giulliano Paião de Souza – Pela tese Os lugares da marinhagem: trabalho e associativismo em Manaus, 1905-1919. Tese de doutorado em História – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2022

James Roberto Silva – pelo artigo – ENTRE A ESCRAVIDÃO E A LIBERDADE: narrativas e memórias do cativeiro na Província do Amazonas. Outros Tempos (Online), v. 15, p. 122-136, 2018 e conjunto da obra em prol da Memória do TJAM

Keith Barbosa – pelo artigo ENTRE A ESCRAVIDÃO E A LIBERDADE: narrativas e memórias do cativeiro na Província do Amazonas. Outros Tempos (Online), v. 15, p. 122-136, 2018.

Confira os contemplados com Prêmio Memória TJAM 2023

Desembargador César Oyama Ituassu (in memorian) – pela autoria – de livros relacionados a memória do TJAM

Desembargador Cezar Luiz Bandiera – pelo livro – “Leis de organização judiciária do Amazonas. (org.)”. – Manaus: Editora Valer, 2022

Juiza Telma de Verçosa Roessing – Pelo livro – “Drogas, criminalização e punição: Usuários de drogas no sistema de justiça penal em Manaus” – Manaus: Editora Valer, 2019

Juiz Vicente De Oliveira Rocha Pinheiro – pela monografia “A importância da criação e estruturação da Vara Estadual Especializada do Meio Ambiente e Questões Agrárias (VEMAQA) no Amazonas”. Monografi a de Especialização em Direito – CIESA, 2012

Agda Lima Brito – pela tese – “Eu Trabalhei Também”: O cotidiano das trabalhadoras nos seringais do Amazonas no Pós – Segunda Guerra – (1950 – 1970), Tese de doutorado em História – UERJ- Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2022

César Augusto Bubolz Queirós – pela propositura da I Mostra de Pesquisa sobre História e Justiça – LABHUTA /TJAM e organização da publicação resultante

Davi Avelino Leal – pela Dissertação: “Cultura, cotidiano e poder: os seringueiros e as relações de poder nos seringais do rio Madeira(1980-1920)”, Dissertação de Mestrado em História, UFAM – Universidade Federal do Amazonas, 2007

Davi Monteiro Abreu – pela dissertação  “Uma pretensa intentona. Dissertação de Mestrado em História”. UFAM – Universidade Federal do Amazonas, 2019

Durango Duarte – pela autoria de livros relacionados a casos memoráveis julgados no TJAM como o “Caso Delmo”, Midia. COMM, 2011 e “Caso Osterne”, DCC Comunicações, 2017

Marlucia Bentes Costa – pela Assistência de pesquisa em livros relacionados a casos memoráveis julgados no TJAM como o “Caso Delmo”, Midia. COMM, 2011 e “Caso Osterne”, DCC Comunicações, 2017

Francisco Pereira da Costa – pelo trabalho “Entre o labor e a lei: a luta por direitos sociais e trabalhistas no Amazonas (190”7- 1917) – Pesquisa Pós-doutoral no PPGH-UFAM, 2023

Hugo de Sousa Mendes e equipe TJRR – pelo artigo “A utilização dos Processos Judiciais do Tribunal de Justiça do Amazonas como fonte de Pesquisa Histórica: O Ensino da História de Roraima para a Educação Escolar a Partir dos Autos Judiciais”, Especial para o prêmio, 2023

Máycon Carmo dos Santos – pelo artigo “Arquivo Central Júlia Mourão de Brito e o fomento à pesquisa”, Especial para o prêmio, 2023

Maria Luiza Ugarte Pinheiro – pelo artigo “Imprensa de imigrantes: vozes da colônia espanhola no amazonas, 1901-1922”,  Projeto CNPq – 2019

Sandra Bezerra Lima – pelo artigo “A contribuição das matérias jornalísticas da imprensa amazonense para a composição de processos no poder judiciário amazonense”. Especial para o prêmio, 2023

Suellen Andrade Barroso – pela Dissertação “Casais, Violência e Poder Judiciário: Expressões jurídicas sobre a violência no casal em Manaus nos anos 1970 e 1980” – Dissertação de Mestrado em História, UFAM -Universidade Federal do Amazonas, 2011

Wanderlene De Freitas Souza Barros – pela Dissertação “Nos trilhos da cidade: a trajetória dos motorneiros e dos bondes em Manaus (1930-1946)”, Dissertação de Mestrado em História, UFAM -Universidade Federal do Amazonas, 2018.

Fonte: RealTime1

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