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22 de janeiro de 2025 às 15:40.

As Gerações e o Mundo que Estão Moldando

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O mundo muda constantemente, e cada geração carrega consigo as marcas do seu tempo. Os Baby Boomers cresceram em um período de estabilidade econômica, os Millennials viram a internet transformar a sociedade, enquanto a Geração Z já nasceu conectada. Essas diferenças não são apenas curiosidades – elas definem como cada grupo interage com o consumo, a tecnologia e, principalmente, a política.

Os Baby Boomers cresceram no pós-guerra, em uma era de crescimento econômico e transformação social. Muitos buscaram estabilidade e prosperidade, enquanto outros estiveram na linha de frente de movimentos pelos direitos civis e da contracultura dos anos 1960. São a geração que consolidou instituições e ocupou posições de liderança, valorizando participação política tradicional e defendendo políticas voltadas para segurança econômica. Mas, ao mesmo tempo que muitos mantêm uma visão conservadora, outros continuam a apoiar mudanças progressistas que ajudaram a iniciar.

A Geração X, que veio logo depois, cresceu vendo escândalos políticos, crises econômicas e o início da globalização. São céticos e independentes, priorizam estabilidade financeira e equilibram trabalho e vida pessoal. Muitos ocupam cargos estratégicos e servem como mediadores entre as visões tradicionais dos Boomers e a mentalidade disruptiva dos Millennials. Na política, preferem resultados práticos a ideologias, sendo pragmáticos e críticos com governos e instituições.

Os Millennials testemunharam a chegada da internet e foram moldados pelo avanço da tecnologia e pelas crises econômicas. Para essa geração, experiência vale mais que posse, e autenticidade e propósito são fatores essenciais na hora de consumir. Politicamente, são altamente engajados nas redes sociais, promovendo discussões sobre justiça climática, diversidade e inclusão. Sua relação com a economia é complexa: cresceram ouvindo que deveriam seguir um caminho tradicional, mas enfrentaram dificuldades financeiras, o que os tornou mais questionadores sobre o sistema vigente.

Então, chega a Geração Z, que já nasceu digital. Cresceram imersos em tecnologia e no auge da polarização política. Diferentemente dos Millennials, que abriram caminho para o ativismo digital, a Geração Z já utiliza as redes sociais como ferramenta primária de mobilização e mudança. São diretos, exigentes e focados em ações concretas, sem paciência para discursos vazios. Não se prendem a partidos políticos, mas a causas. Lideram protestos, desafiam marcas e exigem transparência como nunca antes. São a geração que rejeita superficialidade e cobra coerência.

E o que dizer da Geração Alpha? Ainda em formação, esses jovens crescerão em um mundo onde inteligência artificial, realidade aumentada e automação fazem parte do cotidiano. Espera-se que herdem a consciência ambiental e social das gerações anteriores, mas com uma mentalidade ainda mais voltada para inovação e personalização. A política e o consumo não serão os mesmos para eles, pois terão à disposição ferramentas tecnológicas que podem transformar completamente as formas de participação e engajamento.

Cada geração reflete o seu tempo, mas nenhuma está isolada. Baby Boomers e Geração X ainda dominam setores estratégicos, enquanto Millennials e Z desafiam normas e impulsionam mudanças. Os Alpha, por sua vez, nascerão em um mundo já moldado por essas dinâmicas e terão a tecnologia como principal aliada na construção de um novo futuro.

Se há algo que todas essas gerações compartilham, é a necessidade de adaptação. Enquanto os mais velhos aprenderam a conviver com o digital, os mais novos desafiam padrões e inovam constantemente. O comportamento de cada geração está diretamente ligado ao contexto político e cultural em que cresceram, e entender essas dinâmicas não é apenas interessante – é essencial para compreender os rumos da sociedade e antecipar o futuro.

O mundo nunca para de mudar. E nós mudamos com ele.

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