A vitória de Amazonino, fato que afirmei no último dia 15, possui dois grandes responsáveis: Omar Aziz e Artur Neto. No campo político e no lado operacional, esses dois apoiadores representaram algo em torno de 60% do sucesso da campanha do candidato pedetista. O marketing e a correta lógica de comunicação foram responsáveis por 30% da vitória. E os 10% restantes, ao dedicado e disciplinado esforço do candidato.
Em suma, Amazonino foi abençoado pelos apoios, pela conjuntura e pelo adversário principal.
O acordo político eleitoral do prefeito com Mendes é pontual, somente para esta eleição-tampão, tema que Artur tem explicitado com elevada contundência em seus últimos comentários públicos, principalmente em sua página do Facebook.
A tradução mais simples e objetiva desse posicionamento é a de que não apoiará a reeleição de Mendes. A respeito disso, Amazonino tem plena consciência desde a primeira reunião realizada entre os dois para selar o acordo.
Entretanto, Amazonino atuará, na condição de governador, para viabilizar sua reeleição, o que, inclusive, é um direito dele. Esse movimento independe do sucesso da sua gestão, que tem como mote “organizar a casa em 12 meses”.
Vale se destacar que temos um caso inédito no marketing eleitoral, uma candidatura tornar-se vitoriosa com dois conceitos: o do amor e o de arrumar.
Diga-se de passagem, o amor de Amazonino é tão grande, que Eduardo Braga e Alfredo Nascimento podem caminhar com ele nas próximas eleições. Não duvidem, podem acreditar que isso e totalmente possível, se depender da lógica do futuro governador, que articula para agregar a maior quantidade de aliados e evitar adversários mais consistentes.
Artur e Amazonino, provavelmente, no mês de abril do ano que vem, entrarão com um processo de divórcio. A união está sendo muito boa hoje e deverá continuar por mais sete meses, porém, na política, o amor tem curta duração.