A primeira pesquisa eleitoral a ser divulgada foi a da DMP. Na pergunta espontânea captou, para o atual prefeito Artur Neto, 12,9% das intenções de voto. A empresa PONTUAL, segunda a divulgar pesquisa eleitoral, identificou Artur com 22,9%. Uma diferença entre uma e outra, no intervalo de menos de uma semana, de dez pontos percentuais.
Marcelo Ramos, na pesquisa DMP obteve 7,1% e na pesquisa PONTUAL 10,4%, uma diferença de 3,3%. Silas Câmara 4,5% na DMP e 6,4% na PONTUAL, uma diferença de aproximadamente 2%.
A diferença mais significativa entre as duas pesquisas está na opção dos INDECISOS, que na DMP é de 58,7% e, na PONTUAL, de apenas 21,1%, uma diferença da ordem de 37,6%. Aqui não há explicação técnica para tamanha diferença.
Na opção em que os eleitores pretendem anular o seu voto, a pesquisa da DMP captou 12,5% e a PONTUAL 22,2%. Uma diferença de aproximadamente 10%, reforçando a tese de que os aspectos metodológicos entre uma e outra podem ser a principal razão para tamanha distorção na pesquisa espontânea.
No cenário estimulado, aquele em que os pesquisadores apresentam uma cartela com o nome dos nove candidatos a prefeito de Manaus, o resultado da empresa DMP mostra 35,7% para Artur e a PONTUAL 30,7%, uma diferença de 5% entre uma e outra, o que estaria dentro do intervalo de confiança da margem de erro. Entretanto, no caso do candidato Marcelo Ramos, o quadro altera, pois há uma diferença significativa. A pesquisa da DMP aponta 21,8% e a pesquisa PONTUAL 13,0%. Uma diferença de 8.8%, extrapolando o limite das margens de erro das duas pesquisas.
A DMP posiciona o deputado federal Silas Câmara em terceiro lugar com 10,3%, e a PONTUAL com 8,8%, já na quarta posição. A diferença aqui é de 1,5%.
Na DMP Henrique Oliveira aparece em quarto lugar com 7,9% e em terceiro na PONTUAL, com 11,0%. Uma diferença de 3,1%.
Os demais números se aproximam: Hissa com 7,3% na DMP e 7,0% na PONTUAL, diferença de 0,3%. Serafim Corrêa tem 4.6% na DMP e 5.5% na PONTUAL, diferença de 0,9%.
Quando as pesquisas tratam de outros aspectos relacionados a cenários de segundo turno, a principal diferença não está entre o desempenho de um ou de outro. A DMP aponta uma vitória de Marcelo Ramos no segundo turno, por 0,3%. Na pesquisa da PONTUAL Artur tem uma vantagem de 1,8%. O que difere é que na DMP ambos os candidatos possuem mais de 42% dos votos e na PONTUAL têm, em média, 34,0%.
Analisando o cenário do segundo turno entre Artur e Marcelo, a diferença de 8,0% a mais na média dos dois candidatos caracteriza uma distorção entre as duas pesquisas. O mérito não está no empate, mas no grau de consolidação de escolha dos eleitores dos demais candidatos. Uma aponta baixo índice de rejeição dos dois candidatos e a outra o contrapõe.
As próximas pesquisas eleitorais, de qualquer empresa do ramo, a partir do dia 26, já com os programas televisivos invadindo os lares manauaras, apresentarão resultados bem distintos do que apresentam agora, capturando positivamente ou negativamente o apoio de Eduardo Braga à Artur e de Omar e José Melo à Marcelo Ramos.