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A PESQUISA
Imediatamente após o término de cada eleição eu promovo, através da minha empresa, a primeira pesquisa visando identificar o cenário para a próxima contenda eleitoral, dando prosseguimento a tradição que teve seu início em 1994. O projeto que hoje divulgo, representa a fotografia do sentimento do eleitor para as eleições de 2018.
A singeleza da pesquisa reflete, primeiramente, o recall (lembrança) do eleitor, especialmente da capital, que sofreu o bombardeio de uma campanha em dois turnos. Supostamente, os participantes desta pesquisa tiveram seus nomes melhor avaliados do que os que não se envolveram na última campanha eleitoral.
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AQUI BOI VOA
Muito se engana quem pensa que na política amazonense boi não voa. Aqui boi voa, sempre voou e sempre voará. Quer um exemplo, caro leitor? Eduardo Braga e Omar Aziz já conversaram. Uma reunião em Brasília, mediada por um membro do TCE, invadiu a madrugada e restabeleceu o diálogo interrompido. Qualquer instinto, primitivo ou não, que um pudesse nutrir pelo outro, hoje hiberna. A delação premiada é a inimiga comum, aquela que os deixa em situação igual, portanto, suas defesas precisam estar bem afinadas. No Amazonas, amigo leitor, não há conjunções improváveis.
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ELEIÇÃO PARA O GOVERNO DO AMAZONAS 2018
Para o governo do Amazonas optei por oferecer apenas dois nomes: Omar e Eduardo. Assim o decidi porque, entendo, são os mais fortes, consistentes e prováveis candidatos. Óbvio que outros nomes surgirão, pelo menos mais três, mas, por ora, decidi pela polarização.
A partir de 1982 – ano do início do processo de redemocratização – e nas eleições de 1986 e 1990, o Amazonas teve quatro candidatos ao governo. Já em 94, foram três. Em 1998, voltou a ter quatro candidatos. A partir daí o número de candidaturas cresceu: em 2002, concorreram cinco; em 2006, foram sete; em 2010, seis e, em 2014, sete candidatos. Nesse período, portanto, a disputa pelo governo do Amazonas teve um mínimo de três e um máximo sete candidatos. A tendência para a próxima é que se tenha, no mínimo, cinco candidatos.
Mas, hoje, que outros nomes se candidatariam?
É prematuro especular. Marcelo poderia ser um terceiro nome, mas vem de derrotas consecutivas em duas eleições majoritárias (governo em 2014 e prefeitura em 2016). É inquestionável o seu bom desempenho nas urnas na última eleição (44% dos votos). Após duas tentativas frustradas, entretanto, é natural que, para a sua sobrevivência política, conquiste um mandato e, com este, tribuna e visibilidade. Assim, o melhor é manter distante a tentativa de uma terceira eleição majoritária.
A escolha de apenas dois nomes, reforço, decorre da correlação das forças, as mesmas que estiveram protagonizando, em lados opostos, a eleição para prefeito de Manaus em 2016. Qualquer análise, por mais simplista que pudesse ser feita, não deixaria de fora os nomes desses dois políticos num cenário para a sucessão governamental.
Ainda que esses sejam os nomes mais cotados para a disputa que se aproxima, há uma espada sobre suas cabeças: os desdobramentos da delação premiada da Andrade Gutierrez, na Operação Lava Jato, prestes a aportar nas terras de Ajuricaba. O resultado será tão devastador quanto o da delação da Odebrecht? As consequências para ambos são imprevisíveis, não se descartando a hipótese de distancia-los do favoritismo que hoje detém, colocando-os em situação desconfortável e embaraçosa. Poderá até mesmo alija-los da disputa, o que mudaria a lógica política do Amazonas, que perdura desde 1982. Claro que a investigação pode, por falta de provas, isentar os dois senadores de qualquer crime. Assim sendo, seguirão suas carreiras “normalmente”.
A pesquisa foi realizada na capital e em outros cinco colégios eleitorais: Parintins, Itacoatiara, Manacapuru, Tefé e Coari. Logo, um retrato do estado do Amazonas.
Eduardo Braga obteve 41,4% das intenções de voto e Omar, 25,1%. A vantagem de Eduardo sobre Omar totaliza relevantes 16,3%. A soma dos eleitores que disseram que não votariam em nenhum dos dois, além dos eleitores indecisos, foi de 33,5%. Este número é um claro sinal do desejo de mudança, vide o caso de São Paulo. Um exemplo para ilustrar esse sentimento são os 47% de eleitores, com nível superior, que disseram que não votariam em nenhum dos dois nomes (ver mais detalhes na página cinco do arquivo da pesquisa).
A eleição que consagrou Artur Virgílio vitorioso, deixa fortalecido o grupo de Eduardo Braga, que o apoiou. Assim, deu-se a primeira pincelada no quadro que se desenha para as eleições de 2018. Eduardo volta ao protagonismo político do Amazonas após sua derrota, em 2014, para José Melo.
Se Marcelo tivesse sido o vitorioso na última eleição para prefeito de Manaus, o protagonista principal seria Omar, que teria, provavelmente, Silas Câmara como seu vice-governador. Sua chapa de candidatos para o Senado, seria composta pelos deputados federais Alfredo Nascimento e Paulderney Avelino.
Registre-se que, em 2018, o Senado Federal fará a troca de 2/3 de sua representação, ou seja, elegerá dois, dos três senadores.
Retrocedendo no tempo, em 2010, quando Omar se elegeu governador do Amazonas, tendo como vice, José Melo, a chapa do grupo dominante elegeu os seus dois candidatos ao Senado: Eduardo Braga e Vanessa Grazziotin. Naquela eleição Vanessa Grazziotin derrotou o até então favorito, Artur Neto, com uma considerável margem de votos trazida do interior do estado.
A história é implacável, dois anos depois, em 2012, o eleitor da capital elegeu Artur e derrotou Vanessa, devolvendo-lhe um mandato e dando-lhe a segunda oportunidade de gerir a capital amazonense.
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ELEIÇÃO PARA O SENADO
A eleição para o senado tem como uma característica o elemento surpresa, conforme acabamos de citar com a eleição de Vanessa. Ou com a primeira eleição de Jefferson Peres, quando este foi o escolhido (1994), pela maioria dos eleitores, como o candidato da segunda opção de voto.
As eleições que elegeram dois senadores, desde 1986, tiveram os seguintes números de candidatos: em 1986, sete candidatos; em 1994, foram oito candidatos; Em 2002, concorreram sete candidatos; e, em 2010, novamente sete. Por essa razão decidi oferecer oito nomes.
Os nomes escolhidos foram meramente especulativos: Alfredo Nascimento, Paulderney Avelino e Silas Câmara, atuais deputados federais; Marcelo Ramos, que saiu fortalecido da última eleição (obteve 458 mil votos); Vanessa Grazziotin, Rebecca Garcia, Chico Preto e Zé Ricardo.
Para o Senado não há favorito. Seis nomes ficaram tecnicamente empatados – em parte em decorrência da escolha por dois candidatos. A diferença entre o primeiro e o sexto colocado é de apenas 3,8%. Na capital o melhor desempenho recaiu sobre Marcelo Ramos e Zé Ricardo. No interior o cenário se altera completamente. O baixo desempenho de Vanessa era previsível e muito complicado para sua eleição.
Alfredo Nascimento largaria uma eventual eleição para deputado federal e concorreria ao Senado? A resposta ainda está no ar.
Pauderney e Silas Câmara, correriam o risco de ficar sem mandato?
Para Marcelo Ramos é recomendável a Câmara Federal, uma vaga praticamente certa, mas concorrer ao cargo de senador não seria nenhuma aventura tresloucada. Muitos indagarão: Durango, como Marcelo seria candidato ao senado se Alfredo não abrisse mão da disputa? A resposta está em outra indagação: quem garante que Marcelo ficará no PR de Alfredo? Há tantos trânsfugas na política local!
E Vanessa e Rebecca?
O PCdoB, como também o PT, concluíram que suas bancadas no Congresso Nacional serão drasticamente reduzidas em 2018. Não acredito que Vanessa Grazziotin tentará a reeleição, o PCdoB não cometeria esse suicídio. Vanessa paga o preço da sua coerência. A pesquisa dá um indicativo do que poderá ser melhor para a sua carreira política. Quem sabe disputar uma cadeira na Câmara Federal, para ajudar o partido a manter a mesma quantidade de deputados que hoje possui.
Há dois anos Rebecca Garcia foi candidata a vice na chapa de Eduardo Braga. Já foi deputada federal, e, atualmente, é superintendente da Suframa. A Suframa é uma experiência, nada além, político quer e precisa mesmo é mandato com a chancela do voto popular. Até poderia considera-la candidata a deputada federal, mas ela é jovem, mulher e o seu partido, o PP, fez parte da aliança política que elegeu Artur. Há ainda um outro fator que poderá responder por essa opção de voo mais alto: sua colega de partido, a deputada federal Conceição Sampaio, outra boa representante da nossa bancada, e candidata natural a reeleição. O PP tem musculatura para uma candidatura, nunca para duas.
Inseri os nomes de dois candidatos outsiders na pesquisa: Chico Preto e Zé Ricardo. O primeiro menos por sua densidade eleitoral – sua votação para o cargo de vereador recém conquistado, foi discreta -, mais porque nada tem a perder, ao contrário, ganhará palanque e visibilidade durante o período eleitoral, potencializando o seu nome. De todos esses possíveis candidatos, Chico Preto é aquele que concorrerá com risco zero de prejuízo, só lucrará.
Não creio que Zé Ricardo aceite uma candidatura kamikaze, seria seguir um roteiro com final infeliz, tal e qual o fez Praciano, seu colega de partido, na última eleição para o Senado da República. Aqui levei em consideração o seu ótimo desempenho na eleição municipal. O PT de hoje não tem vigor para apoiar, com chance de sucesso, qualquer candidatura majoritária. Câmara Federal é uma hipótese, Assembleia Legislativa uma certeza.
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POR QUE NÃO HYSSA, HENRIQUE OLIVEIRA E LUIZ CASTRO COMO CANDIDATOS AO SENADO?
Porque os três tiveram menos de 3% dos votos, cada um, e suas campanhas não agregaram absolutamente nada para suas carreiras políticas.
Hissa Abrahão não deveria ter sido candidato, teria se poupado de tamanho vexame. O candidato assumiu o PDT e tem Amazonino Mendes como uma nuvem negra a pairar sobre a sua imagem; por ter votado a favor do impeachment de Dilma, passou por um desgastante processo de tentativa de expulsão do partido e sofreu com o total isolamento no campo das alianças. Saiu desidratado ao ponto de ver minguada suas chances de reeleição ao cargo de deputado federal em 2018. Por ser muito jovem e com muita lenha para queimar, o adequado é candidatar-se a uma cadeira na Assembleia Legislativa. Com púlpito assegurado, vivendo o dia a dia da cidade, é possível que venha a ter mais chances em 2020.
Henrique Oliveira fez uma trajetória meteórica. Foi vereador, deputado federal e vice-governador. Terminou melancolicamente sua participação na segunda disputa seguida para o cargo de prefeito. Rompeu com o governador Melo e saiu mal com seus antigos aliados, foi outra candidatura isolada. Também é de bom alvitre que realinhe o seu projeto político, ser candidato a deputado estadual é um bom recomeço, resgatar o seu espaço televisivo e sua linha popularesca, também.
Luiz Castro cumpriu tabela para divulgar seu partido, a REDE. Entretanto, o partido de Marina Silva não possui consistência para viabilizar qualquer candidatura a cargo majoritário no Amazonas. O melhor para o deputado com cinco mandatos é permanecer deputado, papel que desempenha com dignidade.
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E SE OMAR E EDUARDO FOREM ATINGIDOS PELA LAVA JATO?
Bem, dos nomes de maior relevância na atual conjuntura, sobressai-se o do prefeito recentemente reeleito. Artur teria duas hipóteses possíveis: renunciar para concorrer a uma das duas vagas ao Senado – com enormes chances de sucesso- ou, disputar o governo do estado, como o nome mais forte do atual elenco existente na política amazonense. Isso eu também o faria. Mas isso se e somente se…
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UMA CERTEZA E A PRÓXIMA PESQUISA
O resultado da pesquisa demonstrou, inequivocamente, que haverá a repetição do ocorrido na eleição de 2014, quando tivemos, pela primeira vez, eleição em dois turnos para o governo do estado.
A relação de nomes apresentados nesta pesquisa, sofrerá mudanças a cada semestre, porque não se sabe o que ocorrerá até meados de 2018.
A próxima pesquisa da #PESQUISA365, será realizada em março de 2017.
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Clique aqui e confira o relatório.
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