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2 de janeiro de 2017 às 08:00.

Horário restrito e um único ponto de venda de passagens, a queixa estudantil

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Para que nenhum dos estudantes presentes duvidassem das providências tomadas para a confecção dos passes, o prefeito José Fernandes colocou uma passagem à disposição de um dos estudantes para acompanhar de perto a impressão dos passes junto à gráfica, no Rio de Janeiro” (A Crítica de 18 de novembro de 1981, p.03).

No início de 1982, a coluna “Sim e Não” publica uma nota cobrando a Prefeitura de Manaus e os empresários de transporte coletivo pelo cumprimento do que foi acordado com os estudantes. “Quando os estudantes vão à praça pública, em ato reivindicatório, pedir que se cumpra o acordo feito, muitos os chamam de baderneiros e bagunceiros. A prefeitura também é responsável quando relega a reivindicação dos estudantes ao descaso. É preciso que haja cumprimento do acordo. É necessário tratá-los com responsabilidade” (A Crítica de 5 de janeiro de 1982, p.04).

Na edição de 7 de janeiro, A Crítica anuncia um novo aumento: a tarifa dos ônibus é reajustada de Cr$ 20,00 para Cr$ 25,00. Em 2 de fevereiro, às vésperas do início do ano letivo, A Notícia informa que a prefeitura já havia recebido o primeiro lote do novo passe único e que o benefício estaria à disposição dos estudantes para compra a partir do dia 15 de março no posto de venda localizado no Canto Cultura, na Avenida Eduardo Ribeiro. O cadastramento dos estudantes seria iniciado em 10 de fevereiro. Na mesma reportagem, o presidente da EMTU, Dalbret Alencar, anuncia que determinou a realização de uma reforma completa do posto de venda da meia-passagem, incluindo a climatização do local (A Notícia de 2 de fevereiro de 1982, p.08).

Menos de quarenta dias após o último reajuste, a população acorda tendo ciência, por meio das manchetes dos jornais, de que tarifas foram novamente majoradas, desta vez em 20%, de Cr$ 25,00 para Cr$ 30,00, de acordo com decreto do prefeito José Fernandes, que dois dias mais tarde se desincompatibilizaria do cargo para disputar a eleição para deputado federal, em novembro, deixando em seu lugar João de Mendonça Furtado como prefeito. A nova tarifa passaria a vigorar a partir de 20 de março (A Notícia de 13 de março de 1982, p.01).

No final de março, o ano letivo estava em andamento e a venda do passe-único já havia sido iniciada, mas os estudantes ainda estavam insatisfeitos. Dirigentes da Uesa denunciam a “irresponsabilidade do presidente da EMTU, Dalbret Alencar, que não vem cumprindo os acordos firmados entre a Uesa e a Prefeitura Municipal de Manaus“. Segundo a queixa, a prefeitura, juntamente com os empresários, vinha fazendo todo o possível para dificultar a aquisição da meia-passagem pelos estudantes. Os secundaristas reclamavam contra a existência de um único ponto de venda para toda a cidade e contra o restritivo horário de funcionamento – das 8h às 14h (A Crítica de 22 de março de 1982, p.03).

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