Sugestão de leitura A Resistência, romance do escritor brasileiro Julián Fuks, publicado em 2015. Esta obra recebeu o Prêmio Jabuti, estabelecido em 1959 pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Idealizado por seu então presidente Edgard Cavalheiro, representa a mais antiga distinção literária do Brasil. Destinado a reconhecer e celebrar assim, as contribuições notáveis de autores, editores, ilustradores, designers gráficos e livreiros. O prêmio destaca-se por sua tradição e importância no incentivo e na valorização da literatura e da indústria editorial brasileira anualmente.
A obra é uma mistura de ficção e autobiografia, na qual o autor explora assim a história de sua própria família. Em especial a de seus pais, que fugiram da ditadura argentina para o Brasil. O livro se destaca por sua reflexão sobre identidade, memória, e os efeitos de longo prazo dos regimes autoritários na vida das pessoas. O narrador, que compartilha então, muitas semelhanças com o próprio Fuks, conta a história de seus pais, argentinos refugiados no Brasil, e de seu irmão adotivo, que foi separado de sua família biológica durante a ditadura. Através de uma narrativa íntima e introspectiva, “A Resistência” examina as nuances da adoção, a busca pela identidade, e o legado da violência política.
Marcada por uma linguagem poética e precisa, com uma estrutura que entrelaça passado e presente. Demonstrando como os eventos históricos do país de origem afetam a história pessoal do narrador. “A Resistência” não apenas conta a história de uma família específica, mas também reflete sobre a condição de exílio, sobre o que significa ser um estrangeiro, e sobre as formas de resistência contra a opressão. Um dos temas centrais do livro é a memória, tanto individual quanto coletiva, e como ela é assim, fundamental para a construção da identidade. Fuks aborda a questão da memória traumática, mostrando como os eventos vividos pelos pais influenciam a vida dos filhos. Mesmo aqueles que nasceram em outro país, em outra realidade.
Fonte: Estante Virtual
