A divulgação da parte mais atraente da pesquisa para prefeito de Manaus, a mais chamativa, aquela que mais movimenta a opinião pública e que leva leitores de todas as colorações partidárias a exporem sentimentos positivos e negativos, como verdadeiros fãs da política, já foi feita ontem. Mas há outras perguntas que também fazem parte do relatório e que não foram abordadas.
Uma delas trata do sentimento de pessimismo generalizado que as pessoas estão expressando em relação ao futuro do País. Um ceticismo até mais elevado do que a própria crise, inflado, talvez, por um caos midiático, de tal maneira que faz a população pensar que as coisas estão piores do que realmente são. Sim, existe a crise social e econômica, a inflação e a taxa de desemprego estão altas, porém… devagar com o andor.
Esse negativismo exacerbado fica expresso quando perguntamos ao morador de Manaus qual a expectativa em relação ao futuro do Brasil. Dentre os entrevistados, 17% disseram que estão otimistas, que vai melhorar, enquanto que 73,2% afirmaram que será um pouco ou bem pior.
Ou seja, de cada 4 manauaras, 3 acham que a situação brasileira vai piorar ainda mais. Um pessimismo que contamina diretamente qualquer análise sobre política de investimentos, avaliações administrativas, programas sociais. Um inimigo mais forte até do que os próprios indicadores socioeconômicos.