O Livro “A Infanta Carlota Joaquina”, de Chrysanthème, pseudônimo de Cecília Moncorvo Bandeira de Mello Rebello de Vasconcellos. Retrata de forma revisionista a figura histórica de Carlota Joaquina de Bourbon, tradicionalmente vista como uma figura negativa na história de Portugal, Brasil e Espanha.
Publicada em 1937, a obra é um romance histórico que desafia as visões convencionais, apresentando Carlota Joaquina como uma mulher à frente de seu tempo, inteligente e vítima do patriarcado. Através de uma narrativa que mistura fatos históricos com ficção. Chrysanthème explora as complexidades de sua protagonista, destacando sua luta contra as restrições impostas às mulheres de sua época.
O livro também critica a historiografia tradicional, acusando-a de perpetuar uma imagem distorcida de Carlota Joaquina por meio de repetições e cópias sem crítica. Além de ser uma defesa de Carlota, a obra comenta sobre o papel das mulheres na história e na literatura, refletindo as próprias lutas feministas da autora. Chrysanthème, uma intelectual reconhecida por sua época, utiliza sua escrita para questionar narrativas históricas e reivindicar um lugar para as mulheres na memória coletiva.
Fonte: Livraria do Senado
