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18 de junho de 2024 às 18:00.

Navegação direta: do entusiasmo à frustração – Texto LXXXVII

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Paralelo ao crescimento da participação da seringa na pauta de exportação da então Província, também aumentava a importação de gêneros. A praça da capital amazonense agora contava com três casas importadoras e aguardava ansiosamente o início da navegação direta. Os amazonenses estavam entusiasmados com essa perspectiva. Enfim, o entusiasmo aumentou quando a imprensa divulgou que o Comendador Alexandre Paulo de Brito Amorim havia organizado na Inglaterra uma companhia para navegação a vapor entre a Província e algumas praças da Europa. Amorim, em 1866, fora contratado pelo presidente da Província para organizar a Companhia Fluvial do Alto Amazonas. A liberação da navegação direta era vista como um gigantesco passo para a prosperidade, principalmente porque libertaria a praça da dependência comercial do Pará. O primeiro vapor, prometia o comerciante Alexandre Amorim, deveria sair de Liverpool.
Então, a primeira exportação do porto de Manaus para o exterior, via entreposto do Pará, embarcou borracha fina, entre fina e sernamby.
Em março de 1875, o Ministério da Marinha aprovou a inauguração da Capitania dos Portos da Província. A Amazon Company Navigation Limited realizava a navegação a vapor que percorria os diversos rios da Província. Além disso, havia embarcações de propriedade particular que também navegavam esses rios.
O entusiasmo inicial gerado pela perspectiva criada pelo Comendador Alexandre Paulo de Brito Amorim, arrefecera, a má condução da empreitada e fases de inconstâncias exigiam sacrifício da Província para a sua sustentação, não trazendo qualquer vantagem para a agricultura, imigração, comércio e mais
ainda para as transações diretas entre as Províncias e os países estrangeiros, objetivo principal da navegação direta.

Fonte: IDD

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