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25 de agosto de 2022 às 08:43.

Futurismo: “o futuro não é mais como era antigamente”

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É possível dialogar aquela canção do Renato Russo “[…] o futuro não é mais como era antigamente”, juntamente com a autora Martha Gabriel, grande pesquisadora sobre o tema, a qual escreveu o artigo “Futurismo: os futuros de hoje não são mais como os de antigamente”, na MIT Technology Review Brasil. Nesse texto, é dito sobre a importância dos estudos relacionados ao futuro. 

De acordo com a autora, um dos principais benefícios desse conhecimento  é evitar a chamada “miopia do curtoprazismo”, esta que atinge, cada vez mais, o futuro dos negócios e da humanidade. Além disso, ela destaca que não se pode prever o futuro, mas é possível escolher as melhores opções de caminhos a serem seguidos. Diante disso, entende-se que para alguns, o futuro só chega e acontece, mas, para outros, ele é determinado. 

No entanto, isso depende do caminho de cada um. A diferença é que, entre ser vítima ou estrategista do tempo, está a habilidade de enxergar no presente, possibilidades de cenários emergentes. Segundo Martha, ao dominarmos essa competência, podemos modificar nossas ações no presente, evitando futuros indesejados, como uma catástrofe climática, por exemplo.

Além disso, o estudo e criação dos futuros pode ser feito através de várias metodologias no campo do Futurismo. Essa disciplina existe, formalmente, há décadas, sendo praticada por vários institutos de futuros. 

Portanto, já vimos que o assunto não é novidade. Porém, tem despertado cada vez mais interesse, visto que os futuros de hoje não costumam ser mais como os de antigamente, bem como diz a letra da canção de Renato Russo.

Ritmos de mudança

Conforme mergulhamos nessa área, notamos que os estudos de futuros, em sua maioria, estão focados no período de 10 anos à frente. Antigamente, o ritmo de mudanças no mundo era lento, ou seja, não havia grandes diferenças entre versões presentes e os vários possíveis futuros, o que foi acelerando com o passar do tempo.

  • Caça e coleta: vários milhões de anos;
  • Era Agrícola: vários milhares de anos;
  • Era Industrial (1ª e 2ª Revolução Industrial): alguns séculos;
  • Era da Informação (3ª Revolução Industrial): décadas;
  • Era Cognitiva (4ª Revolução Industrial) – mudanças constantes.

Tecnologia acelera mudanças

A autora ressalta que a tecnologia é o principal vetor de aceleração das mudanças no mundo, o que causa essa expansão do leque de futuros próximos. Assim, nota-se que a tecnologia vem recriando nossa realidade desde o início da existência humana. Logo, quanto mais rápido ela muda, mais a realidade muda, e a tendência não é esse ritmo parar ou diminuir. Pelo contrário, se não conseguirmos acompanhá-lo, ficaremos perdidos ou parados no tempo.

Considerando a questão acima, percebemos a importância de termos a habilidade de enxergar esse ritmo de mudança e os possíveis cenários futuros, pois, só assim, estaremos preparados e adaptados quando essas novidades chegarem.

Como criar futuros estrategicamente?

Sendo uma das grandes referências no Futurismo, Martha diz que, como qualquer área do conhecimento, nele também existem diversas metodologias e linhas de pesquisas, que possuem fundamentos e estratégias.

Nesse sentido, os estudos relacionados a esse tema devem ser feitos por profissionais capacitados, que saberão escolher e utilizar os melhores métodos para cada caso. Logo, a seleção dos participantes também é importante, afinal, o futuro não é criado apenas por um indivíduo, visto que outras perspectivas o determinarão. Por isso, é necessário abranger membros representativos de todas as áreas associadas, os quais garantirão o máximo de visões cabíveis.

Com isso, a autora destaca que, quanto mais multidisciplinar for o grupo de indivíduos, menores são as chances de enviesamento do processo, pois, só assim, será possível traçarmos diversos cenários acerca dos futuros, com amplas visões, sejam boas ou ruins. Um dos principais benefícios do futurismo é justamente combater as vieses individuais e setoriais no planejamento estratégico. Ademais, outra vantagem nesse estudo é evitar a chamada “miopia do curtoprazismo”, que está mais presente e perigosa no mundo dos negócios, além de ser prejudicial também para o futuro da humanidade. 

Através do Futurismo, temos um instrumento que favorece as melhores tomadas de decisões no presente, possibilitando a melhor criação de futuros para todos. Assim, por meio dele, garantiremos melhorias à humanidade, que se tornará diversa e sustentável.

(Fonte: Martha Gabriel)

E você? Está preparado para o futuro?

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