O liberal Mauricio Macri, da coligação Cambiemos (Mudemos), foi eleito presidente da Argentina na noite deste domingo (22), derrotando o candidato da oposição, Daniel Scioli. Nas relações com o Brasil, principal parceiro econômico na América Latina, precisará rever questões desprezadas por Cristina Kirchner. Em conversa telefônica com a presidente Dilma, que durou cerca de cinco minutos, propôs que os dois países tenham relações “mais fluidas e dinâmicas”.
Bem, a boa nova com o resultado das eleições será a interrupção do populismo e o bolivarianismo sádico e perverso que marcaram os 12 anos dos Kirchner no poder. Também reforça a expectativa de que, em breve – tomara Deus -, o Brasil possa seguir o mesmo caminho.
Se o governo brasileiro tratar suas relações comerciais com o novo governo dos “hermanos” sob o viés ideológico, inevitavelmente a Argentina apontará seus interesses na direção do Oceano Pacífico – leia-se Acordo de Associação Transpacífico, que une, sob o mesmo mercado, 40% da economia de bens mundial e do qual fazem parte Chile e Peru.
Insistir com Maduro e Morales, dois presidentes de Estados narcotraficantes, poderá trazer consequências desastrosas para a balança comercial brasileira, com impacto negativo para a Zona Franca de Manaus.