Os números da oitava pesquisa eleitoral para prefeito de Manaus realizada pela iMarketing nos traz algumas percepções provisórias sobre o jogo eleitoral de 2020.
A primeira, que os dois primeiros colocados, juntos, não ultrapassarão 50% dos votos válidos na eleição, o que é inédito nas eleições de Manaus.
A segunda, que o desejo de mudança por nomes novos caiu mais de 20 pontos percentuais em 4 meses, de 50,1% para 29,9%, tendência que ajuda os nomes mais conhecidos.
A terceira, que o prefeito Arthur Neto consegue colocar um nome no 2º Turno com alguma facilidade. Basta que ele obtenha 35% de aprovação nos dois meses que antecedem a eleição, variável que deve ser considerada no jogo de alianças.
A quarta: quanto mais tarde os partidos deixarem para escolher seus nomes, mais difícil será a campanha de seus candidatos. A velha estratégia de deixar as escolhas para as convenções não funcionará.
A quinta: os desempenhos atuais de cada nome pesquisado estão associados ao recall que herdaram da última eleição. Quem não for para a rua com ideias claras e objetivas ficará à margem das expectativas do eleitorado.
A sexta: de acordo com a série histórica das oito pesquisas da iMarketing, as rejeições são superiores a 25% para nomes como Amazonino, Eduardo, Alfredo e Serafim. Todos que já foram prefeitos.
A sétima e última observação: a disputa voltará a ser semelhante às eleições de 1996, 2000 e 2004. Diferenças pequenas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 14 de julho do ano corrente. O tamanho da amostra é de 1.000 entrevistas, nas seis zonas administrativas. A margem de erro é de 3,1%, para mais ou para menos, com grau de confiabilidade de 95%.